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ISSN-e: 1518-8345 | ISSN Impresso 0104-1169

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Número V30

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Artigos Originais

Compreensão dos adolescentes sobre eventos adversos relacionados à quimioterapia: um estudo de elicitação de conceitos

dolescents’ understanding of chemotherapy-related adverse events: a concept elicitation study

Fernanda Machado Silva-Rodrigues, Pamela S. Hinds, Lucila Castanheira Nascimento

Objetivo: documentar a compreensão dos adolescentes sobre os principais eventos adversos relacionados à quimioterapia a partir da versão Pediátrica dos Desfechos Relatados pelo Paciente (Patient-Reported Outcomes) dos Critérios de Terminologia Comum para Eventos Adversos (Common Terminology Criteria for Adverse Events), e assim iniciar o processo de validação dos itens desta ferramenta com adolescentes brasileiros. Método: trata-se de um estudo prospectivo, qualitativo, de elicitação de conceitos. Participaram do estudo 17 adolescentes de 13 a 18 anos, submetidos à quimioterapia em três hospitais da cidade de São Paulo-SP, Brasil. Foram realizadas entrevistas cognitivas com perguntas baseadas em eventos adversos relacionados à quimioterapia. Os dados foram analisados quanto à responsividade e ausência de resposta. Resultados: os adolescentes puderam e estavam dispostos a fornecer informações descritivas sobre seus eventos adversos quimioterápicos, incluindo eventos físicos e emocionais. Alguns participantes sugeriram nomes alternativos para os eventos adversos e alguns usaram termos mais complexos, mas a maioria ficou satisfeita com aqueles utilizados pelos pesquisadores. Conclusão: este estudo representa os primeiros passos para entender como os adolescentes com câncer identificam, nomeiam e descrevem esses eventos por meio de entrevistas cognitivas para ajudar a criar futuros instrumentos de avaliação focados nessa faixa etária.

Rupturas biográficas pela pandemia da COVID-19 sobre adolescentes e jovens homens trans e transmasculinos: demandas para a enfermagem

Biographical ruptures by the COVID-19 pandemic on adolescent and young trans men and transmasculine people: demands for nursing

Anderson Reis de Sousa, Felipe Aliro Machuca-Contreras, Andréia Vanessa Carneiro de Morais, Ranna D...

Objetivo: compreender as rupturas biográficas causadas pela pandemia da COVID-19 sobre adolescentes e jovens homens trans e pessoas transmasculinas no contexto do Brasil. Método: estudo qualitativo - survey on-line, multicêntrico. Participaram 97 homens trans e 22 pessoas transmasculinas, autoidentificados, que responderam formulário semiestruturado em duas etapas. Os dados foram submetidos à Análise de Conteúdo Temática Reflexiva. Realizou-se a interpretação com base sociológica, a partir do conceito de ruptura biográfica. Resultados: derivadas cinco categorias: interrupção da hormonização, cirurgias e acompanhamento especializado; desconfortos precipitados pela ruptura das características masculinas, autoimagem, autopercepção e identidade; vulnerabilidade a partir das perdas de familiares e pessoas significativas, emprego e fragilização das redes de apoio; emergência de problemas psicoemocionais, como perda do sentido da vida; demandas para o cuidado de enfermagem e valorização da vida de adolescentes e jovens transmasculinos no pós-pandemia. Conclusão: as rupturas biográficas provocadas pela pandemia ameaçaram as identidades de homens trans e pessoas transmasculinas de adolescentes e jovens, produziram degradação e descontinuidade das biografias, conduzindo-os à perda de sentido da vida. Profissionais de enfermagem podem ser estratégicos e essenciais na superação das ameaças, intervindo antecipadamente.

Associação entre letramento em saúde, ameaça pela COVID-19 e intenção vacinal de adolescentes brasileiros

Association of health literacy, COVID-19 threat, and vaccination intention among Brazilian adolescents

Sidiany Mendes Pimentel, Marla Andréia Garcia de Avila, Rafaela Aparecida Prata, Hélio Rubens de C...

Objetivo: investigar a influência do letramento em saúde na avaliação da ameaça à saúde pela COVID-19 e sobre a intenção de não se vacinar de adolescentes brasileiros. Método: estudo transversal com 526 adolescentes brasileiros de 14 a 19 anos. Aspectos socioeconômicos, perfil saúde-doença, letramento em saúde, ameaça à saúde pela COVID-19 e intenção de não se vacinar foram analisados por associação bivariada e regressão linear múltipla com resposta Poisson. Resultados: maior pontuação de letramento em saúde (p=0,010), doença cardíaca (p=0,006), menor renda (p=0,000) e morar na região norte (p=0,007) foram fatores que contribuíram para o sentimento de maior ameaça pela COVID-19. O letramento em saúde não influenciou a intenção de não se vacinar (p=0,091), cuja prevalência foi menor entre os adolescentes do Sudeste quando comparados aos do Norte (p=0,010), entre os que cursavam o ensino superior (p=0,049) e entre aqueles com maior renda (p=0,000). Conclusão: letramento em saúde influenciou a percepção da ameaça da doença, mas não a intenção de não se vacinar. Avaliação da ameaça à saúde pela COVID-19 e a prevalência da intenção de não se vacinar foram influenciadas pela região de residência, renda e escolaridade, o que reforça a importância dos determinantes sociais da saúde nesse contexto.

Consulta de enfermagem de adolescentes: um recorte importante do cuidado prestado por enfermeiros em um Estado brasileiro

Adolescent nursing consultation: an important excerpt from care provided by nurses in a Brazilian state

Hingrid Cristiane Silva Robba, Andréa Aoki Costa, Ana Cristina dos Santos Monteiro, Debora Renata C...

Objetivo: o cuidado de adolescentes com ou sem doença crônica deve ser completo, padronizado e focado nas demandas individuais e no processo de transição para a assistência ao adulto e adesão ao tratamento. Este estudo teve como objetivo caracterizar a assistência prestada por enfermeiros do estado de São Paulo que atuam com adolescentes. Método: trata-se de um estudo transversal e descritivo sobre a assistência prestada a adolescentes por enfermeiros de São Paulo, a partir das respostas a um questionário autoaplicável, disponível no instrumento REDCap entre agosto de 2018 e outubro de 2019. Resultados: os participantes responderam a 1632 questionários. Apenas 38% dos enfermeiros trabalham com adolescentes, e 11,2% deles de forma exclusiva. Os profissionais foram divididos de acordo com a mediana de tempo de experiência profissional nos Grupos A e B (≤ 5 anos e > 5 anos). A dependência de drogas (p=0,01) e o trabalho com uma equipe multidisciplinar (p=0,04) foram significativamente mais relatados no Grupo B. O acompanhamento rotineiro (p=0,02) e o questionamento sobre violência sexual ou física (p=0,03) foram significativamente mais realizados pelos profissionais do Grupo A. Conclusão: este estudo identificou a necessidade de um protocolo de assistência que possa ser replicado em larga escala e que inclua o tratamento e as particularidades dos adolescentes para melhorar a adesão e a transição para o cuidado do adulto.

A resiliência e a redução do estresse ocupacional na Enfermagem

Resilience and the reduction of occupational stress in Nursing

Carmen Cristiane Schultz, Christiane de Fátima Colet, Eliane Raquel Rieth Benetti, Juliana Petri Ta...

Objetivo: analisar a associação entre resiliência e estresse ocupacional de profissionais de Enfermagem de um hospital geral. Método: estudo observacional, transversal, envolvendo 321 profissionais de Enfermagem. Os dados coletados foram: variáveis sociodemográficas e laborais, estresse e resiliência, analisadas com estatística descritiva e inferencial. Resultados: 54,5% dos participantes apresentaram resiliência moderada e 36,4%, alta; 73,5% estavam em risco de exposição ao estresse ocupacional; verificada a relação entre demandas psicológicas e categoria profissional (p=0,009), entre controle sobre o trabalho e idade (p=0,04), categoria profissional (p<0,001), exercer cargo de chefia (p=0,009), ser especialista (p=0,006) e entre suporte social e categoria profissional (p<0,001), exercer cargo de chefia (p=0,03), jornada diária de trabalho (p=0,03), ser especialista (p<0,001). Houve associação entre o Fator I de resiliência - resoluções de ações e valores e controle sobre o trabalho (p=0,04) e o apoio social (p=0,002). Conclusão: os profissionais de Enfermagem de um hospital geral apresentaram moderada a alta resiliência que, associada ao alto controle sobre o trabalho e ao elevado apoio social, pode contribuir para a redução da exposição ao estresse ocupacional.

Pandemia por COVID-19 e o abandono da vacinação em crianças: mapas da heterogeneidade espacial

The COVID-19 pandemic and vaccination abandonment in children: spatial heterogeneity maps

Rayssa Nogueira Rodrigues, Gabriela Lourença Martins do Nascimento, Luiz Henrique Arroyo, Ricardo A...

Objetivo: identificar aglomerados espaciais de abandono de vacinas de rotina em crianças. Método: estudo ecológico, segundo dados dos 853 municípios de um Estado brasileiro. Foram analisados registros das vacinas multidoses pentavalente, pneumocócica 10-valente, vacina inativada contra a poliomielite e vacina oral de rotavírus humano de 781.489 crianças menores de um ano de idade. A estatística scan espacial foi utilizada para identificar agrupamentos espaciais e medir o risco relativo a partir do indicador de abandono de vacinas. Resultados: a estatística scan espacial detectou a presença de aglomerados estatisticamente significativos para o abandono das quatro vacinas em todos os anos analisados. No entanto, o maior número de aglomerados com elevadas estimativas dos riscos relativos foi identificado no ano de 2020. Destaca-se as macrorregiões do Vale do Aço e Oeste; Norte e Oeste; e Sudeste para as vacinas pentavalente, poliomielite e rotavírus, respectivamente. Conclusão: na tentativa de mitigar o impacto devastador da pandemia de COVID-19, o programa de imunização retrocedeu. A presença de aglomerados aponta a necessidade de implementar estratégias integradas que possam envolver diferentes setores para a busca ativa de crianças e evitar surtos de doenças imunopreveníveis no futuro próximo.

Fatores associados ao risco relacionado ao uso de substâncias psicoativas por homens privados de liberdade

Factors associated with risk related to the use of psychoactive substances by men deprived of their liberty

Wanessa Cristina Baccon, Maria Aparecida Salci, Aroldo Gavioli, Magda Lúcia Félix de Oliveira, Fra...

Objetivo: avaliar os fatores associados ao risco relacionado ao uso de substâncias psicoativas em homens internos de uma prisão em um município do Sul do Brasil. Método: dados transversais de 220 homens privados de liberdade, internos de uma instituição de custódia provisória no Estado do Paraná, coletados com instrumento de rastreamento e questionário. Utilizaram-se análise de regressão logística binária e razão de chances para verificar associações entre o risco relacionado ao uso de substâncias psicoativas e as características sociodemográficas das condições de vida antes do encarceramento e do encarceramento atual. Resultados: o modelo ajustado revelou associação do consumo com a cor da pele parda/preta e amarela, aqueles que tiveram apenas um dos pais responsável até os 15 anos de idade, idade da primeira prisão com 18 anos ou mais, professar religião, trabalhar antes da prisão, moradia própria, morar sozinho, receber visitas na prisão. Conclusão: os fatores identificados são úteis para inserir propostas de tratamento eficazes e reduzir as lacunas e a vulnerabilidade social existentes na prisão.

Caracterização das práticas sexuais de adolescentes

Characterization of adolescent sexual practices

Nathalia Santarato, Nayara Gonçalves Barbosa, Anderson Lima Cordeiro da Silva, Juliana Cristina dos...

Objetivo: caracterizar as práticas sexuais dos adolescentes e sua associação com variáveis sociodemográficas, fontes de informações e hábitos comportamentais. Método: estudo descritivo observacional, transversal, conduzido com 85 adolescentes de escolas públicas de ensino fundamental e médio de um município do estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado, autoaplicável e anônimo. A análise estatística realizada foi o teste do χ2 e teste de Fisher. Resultados: a iniciação da vida sexual foi de 21,2% através do sexo oral, com predominância o sexo feminino (94,4%), cor autorreferida parda (55,0%). A prática do sexo vaginal foi relatada em 31,8%, com idade média de iniciação aos 14,5 anos. O sexo feminino foi predominante (77,0%), com cor autorreferida parda (40,0%). A prática de sexo anal foi detectada em 7,1%, com média de idade aos 14,4 anos, prevalente no sexo feminino (83,3%), com cor autorreferida preta (50,0%). Ocorreu a associação entre o uso de álcool, drogas e tabaco com as práticas sexuais (p<0,05). Conclusão: detectou-se uma diversidade de práticas sexuais, associadas ao uso de substâncias, enfatizando a importância do papel do enfermeiro no planejamento e realização de intervenções de educação em saúde com os adolescentes e famílias.

Bullying entre adolescentes brasileiros: evidências das Pesquisas Nacionais de Saúde do Escolar, Brasil, 2015 e 2019

Bullying among Brazilian adolescents: evidence from the National Survey of School Health, Brazil, 2015 and 2019

Deborah Carvalho Malta, Wanderlei Abadio de Oliveira, Elton Junio Sady Prates, Flávia Carvalho Malt...

Objetivo: estimar a prevalência de indicadores referentes ao bullying entre escolares brasileiros de 13 a 17 anos e comparar sua ocorrência entre 2015 e 2019. Método: estudo descritivo, transversal, com dados das Pesquisas Nacionais de Saúde do Escolar, realizada em todos os estados brasileiros. Foram estimadas as prevalências e os intervalos de confiança (IC95%) dos indicadores em 2019. Para testar as diferenças entre as duas edições, utilizou-se o teste t de Student (p ≤ 0,01). Resultados: a prevalência de praticar bullying reduziu de 20,4% (IC95%: 19,2-21,5) em 2015 para 12,0% (IC95%: 11,6-12,5) em 2019. Os motivos apontados para sofrer bullying foram semelhantes nas duas edições: aparência do corpo, aparência do rosto e cor ou raça. As prevalências foram semelhantes entre os estados, sendo mais elevado sofrer bullying no Tocantins, envolver-se em situações de cyberbullying em Mato Grosso e Amapá, e praticar bullying foi mais elevado no Rio de Janeiro. Conclusão: ocorreu redução da prática do bullying pela metade, e do relato de não ser bem tratado entre adolescentes brasileiros, entretanto a prevalência de sofrer bullying é elevada no país, bem como o cyberbullying. Por isso, deve-se ter atenção e priorizar políticas para redução e enfrentamento desta prática no cenário nacional.

Violência recorrente contra adolescentes: uma análise das notificações

Recurring violence against adolescents: an analysis of notifications

Franciéle Marabotti Costa Leite, Isaura Barros Alves Pinto, Mayara Alves Luis, José Henrique Iltch...

Objetivo: identificar a frequência de casos notificados de violência recorrente contra adolescentes e sua associação com as características da vítima, da violência e dos agressores. Método: estudo transversal, realizado com os dados notificados de violências contra adolescentes, produzidos pela Vigilância Epidemiológica e registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), no período de 2011 a 2018, no estado do Espírito Santo, Brasil. Resultados: a frequência de violência recorrente contra adolescentes foi de 46,4%. Observou-se maior recorrência desse agravo no grupo de meninas (RP: 1,26; IC95%: 1,15-1,38), na faixa de 10 a 14 anos de idade (RP: 1,20; IC95%: 1,13-1,28), e, pessoas com alguma deficiência/transtorno (RP:1,52; IC95%: 1,42-1,62). A violência psicológica/negligência foi 30% mais prevalente de recorrência do que a violência autoprovocada. A residência foi o local de maior ocorrência (RP: 1,56; IC95%: 1,37-1,77). Verificou-se prevalência 1,11 vezes maior de violência recorrente praticada por agressores com 20 anos de idade ou mais e uma evidência maior em agressores do sexo masculino (IC95%: 0,97-1,17). Conclusão: a violência recorrente esteve associada às características das vítimas, do agressor e do evento. A intersetorialidade em saúde para a redução dos casos de reincidência da violência é crucial.

Gestações na adolescência e adesão à consulta puerperal

Adolescent pregnancies and adherence to puerperal consultation

Ingrid Rosane Pinto, Jéssica Aparecida da Silva, Patrícia Casale Parra, Monika Wernet, Luciana Mar...

Objetivo: identificar o perfil das gestações e prevalência de adesão à consulta puerperal entre puérperas adolescentes comparadas a não adolescentes, assistidas em um ambulatório de hospital de ensino do interior de Minas Gerais. Método: estudo transversal aninhado a uma coorte de puérperas; amostra não probabilística, por conveniência; gestação na adolescência - variável dependente; sociodemográficas, clínicas e obstétricas - variáveis independentes. Utilizado instrumento próprio, testado mediante piloto. Calculadas razões de prevalência e intervalos de confiança; aplicados testes qui-quadrado e exato de Fisher, considerando nível de significância de 5%, e regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: entrevistadas 121 puérperas, 18,2% (22) adolescentes, verificou-se entre elas baixa escolaridade (p<0,001); menor número de gestações cursando com patologias (p = 0,016); predomínio de primíparas (p<0,001) e maiores índices de parto normal (p = 0,032). A prevalência de adesão à consulta puerperal foi de 34,7% e de 31,8% para adolescentes. Não houve diferenças em relação à adesão e idade das puérperas. Conclusão: adolescentes não apresentaram desfechos obstétricos e neonatais negativos, embora tenha sido observada menor escolaridade. Identificou-se associação entre idade precoce e ausência de doenças na gestação e maiores índices de partos vaginais normais. A adesão ao retorno puerperal apresentou-se pouco inferior, porém sem significância estatística.

Construção e validação de podcast para educação em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes

Construction and validation of podcast for teen sexual and reproductive health education

Paloma Loiola Leite, Francisco Ayslan Ferreira Torres, Leonarda Marques Pereira, Adriana de Moraes B...

Objetivo: construir e validar o conteúdo de um podcast para educação em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. Método: estudo metodológico embasado na perspectiva freiriana. Para a construção do podcast foi aplicado o Questionário de Conhecimento sobre Sexualidade a 60 adolescentes e realizada revisão integrativa da literatura. Onze especialistas realizaram o processo de validação da tecnologia. Adotou-se o Item-level Content Validity Index ≥ 0,78 e alfa de Cronbach ≥0,700 para avaliar a consistência interna do instrumento. Resultados: foram produzidos, com participação dos adolescentes em todo o processo, quatro episódios de podcast utilizando-se da peça radiofônica abordando os temas relação sexual e sexualidade, métodos contraceptivos, Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outras infecções sexualmente transmissíveis. O podcast apresenta episódios com duração entre 8 e 11 minutos e foi validado com Item-level Content Validity Index = 0,87 e alfa de Cronbach = 0,951. Conclusão: o podcast foi validado para educação em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e constitui uma ferramenta para as práticas de profissionais de saúde, particularmente os enfermeiros, bem como uso autônomo pelos adolescentes.