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ISSN-e: 1518-8345 | ISSN Impresso 0104-1169

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Número V30

De 61 a 72 de 94 itens(s).

Artigos Originais

Percepções de estudantes de enfermagem sobre o ambiente de aprendizagem clínica e saúde mental: um estudo multicêntrico

Nursing students’ perceptions on clinical learning environment and mental health: a multicenter study

Gul Sahin Karaduman, Gizem Kubat Bakir, Maria Margarida Santana Fialho Sim-Sim, Tulay Basak, Sonay G...

Objetivo: este estudo teve como objetivo avaliar as percepções dos estudantes de Enfermagem das universidades públicas de três países da União Europeia sobre saúde mental e ambientes de aprendizagem clínica, tema pouco investigado na literatura. Método: a coleta de dados ocorreu por meio de um formulário de dados demográficos, a Escala Ambiente de Aprendizagem Clínica, Supervisão e Professor de Enfermagem e o Mental Health Continuum Short Form. Um total de 571 participantes da Turquia, Lituânia e Portugal foram incluídos no estudo. Resultados: houve uma diferença significativa entre os três grupos em relação ao ambiente de aprendizagem clínica e estado de saúde mental (p <0,001). A supervisão foi o elemento mais valorizado. Os estudantes portugueses apresentaram a média mais elevada nos escores do Mental Health Continuum Short Form e Ambiente de Aprendizagem Clínica, Supervisão e Professor de Enfermagem (p<0,001). Idade, sexo e saúde mental influíram nos escores do Ambiente de Aprendizagem Clínico, Supervisão e Professor de Enfermagem. Conclusão: os resultados indicaram que os escores do Mental Health Continuum Short Form e Ambiente de Aprendizagem Clínica, Supervisão e Professor de Enfermagem obtidos pelos estudantes de Enfermagem portugueses foram mais elevados. Revelou-se também que as percepções dos alunos sobre o ambiente de aprendizagem clínica foram afetadas pela idade e sexo, e que suas percepções sobre saúde mental foram influenciadas pelos escores da escala Ambiente de Aprendizagem Clínica, Supervisão e Professor de Enfermagem.

Efeito de um aplicativo no conhecimento de estudantes sobre diabetes durante a pandemia da COVID-19

Effect of an app on students’ knowledge about diabetes during the COVID-19 pandemic

Francisca Diana da Silva Negreiros, Amanda Caboclo Flor, Virna Ribeiro Feitosa Cestari, Raquel Sampa...

Objetivo: analisar o efeito de um aplicativo no conhecimento de estudantes de Enfermagem sobre diabetes durante a pandemia da COVID-19 bem como sua autoavaliação e satisfação. Método: estudo quase experimental realizado com 40 estudantes de Enfermagem da região nordeste, Brasil. Foi utilizado o aplicativo E-MunDiabetes® para avaliar o conhecimento dos participantes pré e pós-teste imediato e após 15 dias, bem como a autoavaliação e a satisfação relacionadas ao uso do aplicativo. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial (teste binomial, coeficiente de correlação intraclasse e teste de Wilcoxon). Resultados: a comparação das medianas de acertos nos três períodos relevou aumento significativo no pós-teste. Os itens da autoavaliação e satisfação apresentaram índice de concordância >80%, com índice de concordância total de 96,3% e coeficiente de correlação intraclasse de 0,91. Conclusão: o aplicativo foi considerado satisfatório e promoveu aumento significativo do conhecimento dos estudantes, estando, portanto, adequado para o uso.

Burnout e resiliência em profissionais de enfermagem de terapia intensiva frente à COVID-19: estudo multicêntrico

Burnout and resilience in intensive care Nursing professionals in the face of COVID-19: A multicenter study

Lizandra Santos Vieira, Wagner de Lara Machado, Daiane Dal Pai, Tânia Solange Bosi de Souza Magnago...

Objetivo: analisar a relação entre as dimensões do Burnout e a resiliência no trabalho dos profissionais de enfermagem de terapia intensiva na pandemia de COVID-19, em quatro hospitais do Sul do Brasil. Método: trata-se de um estudo multicêntrico, de delineamento transversal, composto por 153 enfermeiros e técnicos de enfermagem das Unidades de Terapia Intensiva. Foram coletadas questões sociodemográficas, de saúde e laborais e aplicados os instrumentos Maslach Burnout Inventory e Resilience at Work Scale 20. Os dados foram submetidos à análise descritiva e a correlações bivariadas e parciais (análise de rede). Resultados: a resiliência no trabalho apresentou correlação inversa ao desgaste emocional (r= -0,545; p=0,01) e à despersonalização (r= -0,419; p=0,01) e direta à realização profissional (r= 0,680; p=0,01). A variável com maior influência sobre a rede de correlações foi a percepção do impacto da pandemia sobre a saúde mental. Conclusão: a resiliência interfere nos domínios desgaste emocional e baixa realização profissional do Burnout. O desgaste emocional é conduzido por meio dos distúrbios psíquicos menores, com impacto sobre as variáveis de saúde física e mental dos trabalhadores. Deve-se fomentar o desenvolvimento da resiliência no âmbito institucional, a fim de moderar o adoecimento.

Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e a qualidade do ensino superior em saúde brasileiro

The National Student Performance Examination and the quality of Brazilian higher education in health

Bruno Luciano Carneiro Alves de Oliveira, Fabiana Alves Soares, Aida Patrícia da Fonseca Dias Silva...

Objetivo: analisar o ensino superior da área da saúde no Brasil segundo os resultados do desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes de 2019. Método: estudo transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa com dados on-line referentes a 192.715 estudantes de 3.712 cursos da saúde, coletados em 2020. O desempenho dos estudantes foi expresso em conceitos, ordenados em escala de um a cinco. Foram elaborados box-plot e estimadas prevalências dos conceitos e avaliadas diferenças segundo as características administrativas, de gestão e das cidades sede dos cursos por meio de teste estatísticos (α=5%). Resultados: observou-se nível satisfatório do ensino superior de saúde (70,0% com conceito ≥3). Cursos de medicina foram os mais satisfatoriamente avaliados, fonoaudiologia e enfermagem os piores. O ensino público, presencial e em universidades estiveram associados à maior qualidade do ensino. Níveis mais baixos foram verificados nos estados da região Norte, nas cidades pequenas e fora de áreas metropolitanas e naqueles sob gestão privada. Conclusão: verificou-se heterogeneidade na qualidade do ensino superior entre os cursos de saúde, indicando sua associação com características das instituições de ensino e à infraestrutura das cidades sedes dos cursos, apontando desafios para a qualidade da formação em saúde no Brasil.

Fatores influenciadores do processo decisório de enfermeiros em hospitais universitários ibero-americanos

Influencing factors in the nurses’ decision-making process in Ibero-American university hospitals

Gilberto Tadeu Reis da Silva, Ises Adriana Reis dos Santos, Marimeire Morais da Conceição, Rebecca...

Objetivo: analisar os fatores que influenciam o processo decisório de enfermeiros em hospitais universitários ibero-americanos. Método: estudo de caso, com abordagem qualitativa, do tipo multicêntrico, realizado com 30 enfermeiros ibero-americanos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, analisados por categorias temáticas e interpretados de acordo com o referencial teórico da obra Criando Organizações EficazesResultados: identificou-se que o processo decisório permeia o desenvolvimento de competências próprias dos enfermeiros, sofrendo influências da formação em gestão em saúde e de experiências individuais prévias. Emergiram as categorias: Preparo técnico-científico na tomada de decisão; Hierarquização do processo decisório; e Prática profissional autônomaConclusão: a ausência/presença de rígida hierarquização, bem como de preparo técnico-científico, e a autonomia são fatores que limitam ou ampliam a gama de possibilidades na tomada de decisão de enfermeiros, com reflexos na gestão do cuidado. Assim, discussões acerca dessa temática devem ser fomentadas, no intuito de promover a autonomia dos enfermeiros para a tomada de decisão e favorecer a desburocratização dos processos que impedem/dificultam os avanços nesses serviços.

Consenso Ibero-americano sobre Habilidades Comunicacionais para Estudantes de Graduação em Enfermagem

Ibero-American Consensus on Communication Skills for Nursing Degree students

Ana María Pérez-Martín, Mercedes Gómez del Pulgar García Madrid, Roger Ruiz-Moral, Almudena Cre...

Objetivo: como profissão orientada à atenção da saúde, focada no cuidado às pessoas, a Enfermagem precisa desenvolver habilidades de comunicação sólidas. Com base em um consenso internacional de especialistas, apresenta-se uma proposta sobre os resultados de aprendizagem na comunicação clínica para planos de estudos em cursos de Enfermagem em países hispanofalantes. Método: um comitê orientador, composto por 5 enfermeiros e especialistas em comunicação em ciências de atenção à saúde, elaborou a primeira lista de habilidades comunicacionais específicas para o curso de Enfermagem. Outro comitê de 7 assessores científicos internacionais revisou e melhorou a referida proposta. Foram selecionados 70 especialistas de 14 países pelo procedimento de amostragem “bola de neve”, sendo convidados para participar em um processo de consenso Delphi modificado a distância em duas rodadas de pesquisa. Foi realizada a análise estatística para estabelecer o nível de consenso final correspondente a cada item. Resultados: foi apresentado um questionário com 68 resultados de aprendizagem em comunicações clínicas para serem avaliados pelo painel. Na primeira rodada Delphi, o painel chegou a um consenso estatístico em todos os itens avaliados. Não foi necessária uma segunda rodada para conciliar posições. Conclusão: apresenta-se uma proposta acadêmica aprovada com um elevado nível de consenso internacional a fim de orientar e unificar os resultados de aprendizagem nos planos de estudo sobre comunicação clínica para cursos de Enfermagem em países hispanofalantes.

Análise dos fatores associados ao retransplante de células-tronco hematopoiéticas: estudo caso-controle

Analysis of factors associated with hematopoietic stem-cell retransplantation: a case-control study

Isabelle Campos de Azevedo, Marcos Antonio Ferreira Júnior, Anália Andréia de Araújo Nascimento,...

Objetivo: analisar os fatores associados ao insucesso do Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) em pacientes submetidos ao retransplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (RCTH). Método: estudo quantitativo do tipo caso-controle para avaliar pacientes submetidos ao RCTH. Para tanto, utilizou-se amostra pareada de dois controles para cada caso (2:1). O grupo caso foi constituído pelos prontuários de saúde com todos os pacientes que foram submetidos ao RCTH (28) e o grupo controle (56) incluiu pacientes que receberam apenas um transplante. Três variáveis nortearam o pareamento: sexo, diagnóstico e tipo de transplante. Resultados: vinte e quatro (85,71%) pacientes do grupo caso receberam retransplante devido a recidiva da doença e quatro (14.29%) devido a falha do enxerto. Uma diferença estatística foi encontrada na análise entre os pacientes que não usaram o ácido ursodesoxicólico, analgésicos opioides ou imunossupressores. A necessidade de um RCTH entre aqueles que usaram estes medicamentos de forma inapropriada foi 16,12, 12,79 e 4,5 vezes maior, respectivamente, do que entre os que as usaram corretamente. Conclusão: houve uma diferença relacionada ao motivo que levou ao retransplante e os indivíduos analisados. A conclusão é que a razão preditiva para retransplante nesta amostra foi a recidiva da doença.

Qualidade do sono, variáveis pessoais e laborais e hábitos de vida de enfermeiros hospitalares

Sleep quality, personal and work variables and life habits of hospital nurses

Andressa Fernanda Silva, Rita de Cássia de Marchi Barcellos Dalri, Alan Luiz Eckeli, António Neves...

Objetivo: identificar as possíveis associações entre a qualidade do sono, as variáveis pessoais e laborais e os hábitos de vida de enfermeiros hospitalares. Método: estudo transversal, exploratório, correlacional, quantitativo, realizado no período de outubro a dezembro de 2019. Os dados foram coletados com a aplicação de um questionário que abordou as características pessoais, hábitos de vida e as condições de trabalho dos pesquisados. Para avaliação da qualidade do sono, utilizou-se a Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), versão do português do Brasil. Resultados: participaram 42 profissionais, 31 (73,8%) mulheres, entre 26-66 anos (média de 40,2); 61,9% realizavam horas extras; 26,2% possuíam duplo vínculo empregatício e 40,5% tiveram ausências no trabalho. A qualidade do sono foi considerada boa por 9,5% dos participantes, má por 64,3% e com distúrbios do sono por 26,2%. Na população que realizava turnos rotativos, essa qualidade foi identificada como má por 26,2%. Os piores resultados foram encontrados na faixa etária de 30-39 anos e houve significância estatística na variável “viver com companheiro(a)”. Conclusão: houve prejuízo na qualidade de sono dos enfermeiros; há a necessidade de monitoramento desses trabalhadores, particularmente dos que realizam trabalhos em turnos, com o intuito de propiciar medidas preventivas, visando mitigar os danos à sua saúde.

Impacto na saúde mental de enfermeiros pediátricos: um estudo transversal em hospital pediátrico terciário durante a pandemia de COVID-19

Mental health impacts in pediatric nurses: a cross-sectional study in tertiary pediatric hospital during the COVID-19 pandemic

Hingrid Cristiane Silva Robba, Andréa Aoki Costa, Kátia Tomie Kozu, Clóvis Artur Silva, Sylvia Co...

Objetivo: avaliar problemas de saúde mental em enfermeiros pediátricos durante a pandemia causada pelo coronavírus 2019. Método: estudo transversal realizado com enfermeiros pediátricos do Instituto da Criança e do Adolescente, por meio de uma pesquisa online de autoavaliação sobre prática clínica e impacto na saúde mental, durante a pandemia de COVID-19. Foram avaliadas escalas de autoavaliação validadas para ansiedade, depressão e burnoutResultados: 107/298(36%) enfermeiros responderam, dos quais 90% eram do sexo feminino, a mediana de idade atual era 41(23-64) anos, 68% trabalhavam com adolescentes, 66% trabalhavam na linha de frente. Burnout, ansiedade e depressão moderada/grave ocorreram em 65%, 72% e 74% dos enfermeiros, respectivamente. Falta de protocolo de tratamento padronizado nas enfermarias (27% vs. 10%, p=0,049), depressão moderada/grave (74% vs. 16%, p=0,002) e burnout (82% vs. 58%, p=0,01) foram significativamente maiores em enfermeiros pediátricos com ansiedade, em comparação com enfermeiros sem essa condição. Os enfermeiros pediátricos que trabalhavam com adolescentes apresentaram maior frequência de burnout, quando comparados aos que não trabalhavam com esse grupo (77% vs. 32%, p=0,0001). A análise multivariada revelou que o cumprimento adequado da quarentena aumentou a presença de ansiedade em 4,6 vezes [OR 4.6(IC 1,1-20,2), p=0,04]. Conclusão: a maioria dos enfermeiros pediátricos atuava na linha de frente da COVID-19, em condições precárias, trabalhando com equipe reduzida e enfrentando perdas expressivas de renda. A ansiedade atual foi um tema relevante e o burnout também foi uma condição mental importante para esses profissionais, reforçando a cultura do bom trabalho em equipe, das práticas de colaboração e do cuidado psicológico/psiquiátrico.

Fatores associados à contaminação e internação hospitalar por COVID-19 em profissionais de enfermagem: estudo transversal

Factors associated with infection and hospitalization due to COVID-19 in Nursing professionals: a cross-sectional study

Vilanice Alves de Araújo Püschel, Jack Roberto Silva Fhon, Lilia de Souza Nogueira, Vanessa de Bri...

Objetivo: identificar fatores associados à contaminação e internação hospitalar por COVID-19 em profissionais de enfermagem. Método: estudo transversal, realizado em hospital especializado em cardiologia, com 415 profissionais de enfermagem. Foram avaliadas as variáveis sociodemográficas, comorbidades, condições de trabalho e questões relacionadas ao adoecimento pela COVID-19. Na análise dos dados, utilizaram-se os testes Qui-Quadrado, Fisher, Wilcoxon, Mann-Whitney e Brunner Munzel, a razão de chances para internação hospitalar, além de regressão logística binária. Resultados: a taxa de profissionais de enfermagem acometidos pela COVID-19 foi de 44,3% e os fatores associados à contaminação foram o número de pessoas no mesmo domicílio com COVID-19 (OR 36,18; p<0,001) e o uso de transporte público (OR 2,70; p=0,044). Ter sintomas graves (OR 29,75), pertencer ao grupo de risco (OR 3,00), apresentar taquipneia (OR 6,48), falta de ar (OR 5,83), cansaço (OR 4,64), febre (OR 4,41) e/ou mialgia (OR 3,00) aumentou as chances de internação hospitalar dos profissionais com COVID-19. Conclusão: habitar o mesmo domicílio que outras pessoas com a doença e usar transporte público aumentou o risco de contaminação pelo novo coronavírus. Os fatores associados à internação hospitalar dos profissionais contaminados foram a presença de fatores de risco para doença, a gravidade e o tipo dos sintomas apresentados.

Impacto do tamanho das instituições de longa permanência na adesão às orientações de prevenção de infecções por COVID-19

Impact of long-term care facilities’ size on adherence to COVID-19’ infection prevention guidance

Patrick Alexander Wachholz, Ruth Caldeira de Melo, Alessandro Ferrari Jacinto, Paulo José Fortes Vi...

Objetivo: avaliar a adesão das instituições de longa permanência brasileiras às orientações de Prevenção e Controle de Infecções da Organização Mundial da Saúde, observando a associação entre seu porte e a adesão a essas recomendações. Método: estudo transversal realizado com gestores de estabelecimentos. Os autores desenvolveram um questionário de 20 itens, com base nessas orientações, e um escore global de adesão, com base na adesão a essas recomendações. A adesão foi classificada como (1) excelente para aquelas que atenderam ≥14 de 20 recomendações, (2) bom para 10 a 13 itens e (3) baixo para aquelas com menos de dez itens. O tamanho das instalações foi classificado como pequeno, médio e grande, de acordo com uma análise de cluster em duas etapas. Estatística descritiva e teste de qui-quadrado foram utilizados com nível de significância de 5%. Resultados: das 362 instituições incluídas, 308 (85,1%) aderiram a 14 ou mais recomendações. Em relação ao seu tamanho, a adesão à triagem de sintomas de COVID-19 dos visitantes (p=0,037) e ao isolamento de pacientes até que tenham dois exames laboratoriais negativos (p=0,032) foi menor em estabelecimentos maiores, em comparação com estabelecimentos de médio e pequeno porte. Conclusão: a adesão às medidas de mitigação da COVID-19 nas unidades brasileiras foi considerada excelente para a maioria das recomendações, independentemente do porte das unidades.

Interseções entre resiliência e qualidade de vida em mulheres rurais: estudo de métodos mistos

Intersections between rural women’s resilience and quality of life: a mixed-methods study

Bruno Neves da Silva, José Luís Guedes dos Santos, Deise Lisboa Riquinho, Francisco Arnoldo Nunes ...

Objetivo: analisar as interseções entre qualidade de vida e resiliência de mulheres rurais. Método: estudo de métodos mistos convergente, no qual foram triangulados um estudo quantitativo de corte transversal e um estudo qualitativo guiado pela da história oral de vida. Os dados foram concomitantemente coletados utilizando-se de um formulário sociodemográfico, da Escala de Resiliência, do Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey e mediante entrevistas abertas. A análise deu-se por estatística descritiva e inferencial e análise temática indutiva, com posterior integração. Resultados: constatou-se associação entre o domínio aspectos sociais de qualidade de vida e o grau moderado de resiliência, relacionado às características do cotidiano rural. A integração dos resultados possibilitou reconhecer que a interseção entre os dois construtos, que se influenciam mutuamente, ocorre pela mediação de fatores de proteção para resiliência elaborados pelas mulheres rurais, como a espiritualidade, a formação de redes de apoio social e os sentimentos de encantamento e pertencimento ao seu contexto. Conclusão: a partir da elaboração de fatores de proteção, as mulheres rurais desencadeiam atitudes resilientes que contribuem para sua qualidade de vida. A identificação desses fatores permite o desenvolvimento de intervenções psicossociais que podem contribuir para a promoção da saúde da mulher rural.